Raquiel, o arcanjo guardião do Vaticano, percorria os corredores da Capela Sistina com passos silenciosos. Seus olhos, profundos e azuis como o céu, examinavam cada centímetro do teto, maravilhado com a obra-prima de Michelangelo. Há séculos, ele observava a Capela Sistina, um santuário da arte e da fé, e agora, um mistério profundo o consumia.
Uma antiga lenda contava que Michelangelo havia escondido uma mensagem secreta em sua obra, uma mensagem que poderia mudar a compreensão da humanidade sobre Deus e o universo. Raquiel, com sua sabedoria milenar e sua capacidade de enxergar além do óbvio, sentia que essa lenda poderia ser verdade.
Noites adentro, Raquiel estudava as pinturas, buscando pistas e padrões ocultos. Ele decifrava os símbolos bíblicos, analisava a anatomia das figuras e investigava a perspectiva utilizada por Michelangelo. A cada nova descoberta, um quebra-cabeça se formava em sua mente, revelando camadas de significado que estavam além da compreensão dos olhos comuns.
Uma noite, enquanto contemplava a cena da Criação de Adão, Raquiel notou algo peculiar nos dedos de Deus e de Adão. A distância entre eles, a posição dos dedos, tudo parecia intencional. Com a ajuda de um antigo manuscrito encontrado nas bibliotecas secretas do Vaticano, Raquiel começou a decifrar a mensagem oculta.
A chave para o mistério estava em um sistema de numerologia sagrada, um conhecimento que havia sido transmitido aos arcanjos desde a criação do universo. Ao aplicar esse sistema às medidas e proporções da pintura, Raquiel revelou uma sequência de números que correspondiam a coordenadas geográficas.
Com a ajuda de um mapa estelar antigo, Raquiel descobriu que as coordenadas indicavam um ponto específico no céu noturno. Naquela noite, ele subiu ao terraço do Vaticano e, com a ajuda de um telescópio, direcionou sua visão para o ponto indicado. O que ele viu o deixou perplexo.
Uma constelação desconhecida brilhava intensamente, formando um padrão que se assemelhava à pintura da Criação de Adão. Raquiel percebeu que Michelangelo havia registrado um evento cósmico único, um evento que poderia ter um impacto profundo na compreensão humana sobre a origem do universo.
E assim, Raquiel, o guardião do Vaticano, desvendou um dos maiores mistérios da arte e da religião, reafirmando seu papel como protetor do conhecimento e da fé.
